O "descolamento da pele"

O "descolamento da pele"

As técnicas osteopáticas, na verdade, não são nem ósseas, nem musculares, nem ligamentares, nem tendinosas, nem faciais, nem cutâneas. Elas dizem respeito, de fato, aos Elementos Tenso-Modulares (TME) localizado entre a pele e as estruturas mais profundas.

Estes ETM se desprogramam colando-se à pele.

O seu descolamento traz, ao mesmo tempo, a sua reprogramação e o desaparecimento instantâneo da lesão osteopática (L.O.).

Exemplo: Um paciente jovem tem torcicolo hiper álgico. A análise muito sutil da pele permite identificar os pontos de “cola”, os ETM desprogramados. A pele nestes pontos está retraída, granulosa, fixa, aderente ao ETM subjacente. Uma estimulação muito fina da pele permite um descolamento instantâneo. Ao mesmo tempo, a coluna cervical torna-se indolor e recupera sua flexibilidade.

Tudo acontece como se o bloqueio da articulação não se situa no nível da própria articulação, nem mesmo no nível dos músculos, mas resulta de uma "pressão cutânea" ao nível do ETM: A articulação não pode virar para a direita porque a pele não pode ser esticada para a direita. Esta constatação, que já vimos com sinal de Lasègue, diz respeito a todas as articulações, a todas as lesões osteopáticas, qualquer que seja seu local, intensidade e antiguidade.

O tratamento osteopático consiste, portanto, em um descolamento da pele ao nível do ETM.

 

Este descolamento pode ser feito:

  • Diretamente, por uma ação na própria pele;
  • De forma semi-direta, por uma ação nas estruturas mais profundas: ósseas, musculares;
  • De forma indireta, por polaridade.